A Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, localizada na Zona Sudoeste de São Paulo, é um dos principais polos empresariais da capital, atraindo grandes empresas nacionais e multinacionais. Inaugurada na década de 1970, a via tem cerca de 1,8 km de extensão e conecta a Rua Funchal e a Avenida dos Bandeirantes à Avenida Jornalista Roberto Marinho, servindo de eixo para importantes centros empresariais e comerciais, que moldaram o desenvolvimento do Brooklin Novo e da região do Itaim Bibi.
Originalmente, a área onde a avenida foi construída era uma várzea pantanosa, sem grande valor imobiliário. O projeto de urbanização começou com a construção de prédios comerciais, liderados pelos arquitetos Carlos Bratke e Roberto Bratke, que viram no local uma oportunidade para desenvolver um novo polo de negócios, longe dos altos aluguéis da Avenida Paulista, e contruíram o primeiro prédio na avenida em 1974 A região, apelidada de “Bratkelândia”, se consolidou como um espaço moderno e atrativo para empresas de tecnologia, serviços financeiros e escritórios de advocacia.
Nos anos 1980, a Berrini passou a atrair mais atenção, tanto de empresas quanto de investidores imobiliários. A proximidade da Marginal Pinheiros e o acesso fácil ao Aeroporto de Congonhas contribuíram para que multinacionais como Nestlé, HP, e Microsoft estabelecessem sedes no local. O valor do metro quadrado disparou e, em pouco mais de 20 anos, os preços saltaram de 50 para 2.000 dólares, o que demonstra a transformação do bairro em um centro econômico de grande relevância.
Além de ser um importante corredor empresarial, a avenida oferece fácil acesso a pontos estratégicos da cidade, como o Shopping Morumbi e a Ponte Estaiada, um dos principais cartões postais de São Paulo. O projeto do monotrilho da Linha 17-Ouro, ainda em construção, promete melhorar ainda mais a conectividade da região, facilitando o transporte público e a ligação com o Aeroporto de Congonhas.
Apesar de seu sucesso como polo empresarial, a Berrini também enfrenta desafios, principalmente no que diz respeito à mobilidade urbana. O intenso tráfego, especialmente nos horários de pico, é um problema recorrente, com congestionamentos que afetam as saídas de garagens dos edifícios comerciais. Para aliviar o tráfego, foram implementadas melhorias viárias, como a construção do Complexo Viário Real Parque, inaugurado em 2008, e planos de um corredor exclusivo de ônibus.
Ao longo dos anos, a Berrini foi palco de grandes mudanças urbanísticas, impulsionadas pela Operação Urbana Água Espraiada, que canalizou o córrego que passava pela região e removeu favelas que se formaram nas décadas anteriores. O desenvolvimento comercial foi tão intenso que, em 2008, o estoque para novos empreendimentos comerciais foi esgotado, dando lugar a lançamentos imobiliários residenciais que atendem executivos que trabalham na área.
A Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini é hoje um símbolo do crescimento econômico de São Paulo, combinando arquitetura moderna, negócios de ponta e infraestrutura que conecta a cidade ao mundo, consolidando-se como um dos maiores polos empresariais do Brasil.
