A construção do monotrilho na Avenida Roberto Marinho, em São Paulo, surge como uma das principais iniciativas para melhorar a mobilidade na cidade. O projeto faz parte da Linha 17-Ouro, que visa conectar regiões estratégicas da capital, aliviando o tráfego de carros e melhorando o acesso a áreas com pouca infraestrutura de transporte público. Com tecnologia moderna e capacidade de transporte elevada, o monotrilho será uma opção eficiente e mais sustentável de locomoção.
O projeto começou a ser construído em 2012, com a promessa de ser uma solução ágil e moderna para a mobilidade em áreas que sofrem com o tráfego intenso, como a Zona Sul de São Paulo. Inicialmente, a previsão era que o monotrilho ficasse pronto a tempo da Copa do Mundo de 2014, mas uma série de atrasos, causados por problemas contratuais, financeiros e técnicos, acabou postergando o cronograma de conclusão.
Agora, o governo de São Paulo estima que o monotrilho seja entregue até o final de 2024. A expectativa é que ele conecte o Aeroporto de Congonhas à estação Morumbi da Linha 9-Esmeralda da CPTM, uma integração que permitirá maior fluidez para quem precisa se deslocar entre regiões importantes da cidade. Quando concluído, o sistema contará com 8 estações, transportando cerca de 185 mil pessoas por dia.
Entre os principais benefícios do monotrilho, está a promessa de reduzir o tempo de viagem entre o Aeroporto de Congonhas e o Brooklin, Campo Belo e outros bairros adjacentes, com trajetos que atualmente podem levar mais de uma hora em horário de pico, mas que serão reduzidos a menos de 20 minutos. Isso será possível graças à via elevada que o monotrilho utilizará, evitando cruzamentos e congestionamentos nas vias urbanas.
Além dos ganhos em tempo, o monotrilho é visto como uma alternativa mais sustentável do que os sistemas de ônibus ou veículos particulares. Movido a eletricidade, o monotrilho emitirá menos poluentes, o que se alinha com as metas de São Paulo de reduzir a emissão de gases de efeito estufa nos próximos anos. A escolha de uma tecnologia moderna também busca oferecer mais conforto aos passageiros, com trens mais silenciosos e climatizados.
Apesar das vantagens prometidas, a obra tem enfrentado desafios. Os atrasos e o aumento no custo total do projeto geraram críticas e descontentamento. O valor inicial de R$ 1,4 bilhão subiu significativamente ao longo dos anos, e atualmente está estimado em R$ 3,2 bilhões. Mesmo assim, as autoridades afirmam que o investimento se justifica pelo impacto positivo que o monotrilho terá no transporte urbano da cidade.
Moradores e comerciantes da região aguardam ansiosamente pela conclusão do monotrilho. Muitos acreditam que a obra valorizará os imóveis e trará mais fluxo de pessoas aos comércios locais, enquanto outros temem o impacto do trânsito e das obras que ainda não foram finalizadas. Para esses, o fim da construção será um alívio, após mais de uma década de obras na Avenida Roberto Marinho.
A expectativa agora é que o monotrilho, quando entregue, seja um marco na modernização do transporte público em São Paulo. Se bem-sucedido, o modelo poderá ser replicado em outras áreas da cidade, promovendo um transporte mais eficiente e menos dependente dos modais tradicionais, como carros e ônibus movidos a diesel.Monotrilho da Avenida Roberto Marinho: uma obra para o futuro da mobilidade em São Paulo